Nick, macho, Lhasa Apso, 9 anos.
Nick sofreu um trauma e teve uma luxação na articulação do punho direito. Foi tratado com medicamentos para dor e antinflamatórios, porém não obteve melhora. Após 3 semanas foi iniciado o tratamento com acupuntura.
Perfil do animal: agitação, ansiedade, irritação, insônia, euforia.
O animal apresenta há alguns anos a presença de cristais na urina, urinando pouco volume, muitas vezes por dia. Sua urina é concentrada com coloração amarela forte. Já apresentou infecção urinária.
Em relação à luxação da articulação do punho, o animal apresentava um inchaço local, com muita dor, não conseguindo apoiar o membro no chão para se locomover, por isso mancava constantemente com a pata dianteira direita.
As sessões de acupuntura foram iniciadas e o Nick não aceitou bem a inserção das agulhas, se mostrando extermamente irritado e até mesmo agressivo. Na segunda sessão, optei por não forçá-lo a receber a introdução das agulhas, pois isso deixava o animal cada vez com mais repulsão a qualquer tipo de manipulação e ao invés de ser um tratamento para o bem do animal estava trazendo mais estresse para o mesmo.
O tratamento foi adaptado ao uso da moxabustão e a acupressão dos pontos de acupuntura e massagem, sem a utilização de uma única agulha.
Na sessão seguinte, o Nick foi melhorando o seu humor e se mostrando cada vez mais receptivo à manipulação. O tratamento se mostrou eficaz e o animal já apresentou melhora significativa a partir da terceira sessão, já apoiando bem o membro anterior direito no chão.
Outro fator determinante que já pode ser observado após a primeira sessão foi o animal ter melhorado da insônia, dormindo a noite toda, e, o fato de ter apresentado a urina em maior volume com coloração bem mais límpida.
Hoje, o Nick adora receber as sessões de acupuntura, ficando tão relaxado que chega a adormecer durante a sessão. Estamos na reta final do tratamento e com resultado 100% positivo em relação à torção do punho, o animal já se locomove sem dificuldades, apoiando normalmente a pata no chão.
O importante é pensar primeiro no bem-estar do animal, adaptando a técnica ao animal e não o contrário.